quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

ONDE ESTAMOS?

a
Conta-nos a narrativa do livro do Gênesis que à hora da brisa da tarde Deus estava a passear pelo jardim do paraíso. Subitamente não encontrou o homem em seu lugar e imediatamente chamou por ele: “Onde estás?”. Esta é a primeira pergunta dirigida por Deus ao homem. Procurou encontrá-lo em seu lugar, mas ali não estava. Homem e mulher estavam envergonhados por haverem cometido um ato ilícito às escondidas. (Leia o texto na íntegra e ao final deixe seu comentário).

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Livres, Iguais e Fraternos

a
Eis que nos chega mais um Natal, o ciclo parece se repetir: um novo fim, um novo começo. Ruas lotadas de consumidores frenéticos em busca de mercadorias, de fetiches que lhes preencham o desejo, que lhes forneçam algum encantamento. Mas seria essa a finalidade do Natal: reduzir a vida a um consumo desenfreado? Ou o Natal implica perguntar-nos pelos sentidos da existência, possibilitando-nos revê-los e atualizá-los? (Leia o texto na íntegra e ao final deixe o seu comentário).

domingo, 11 de outubro de 2009

MOTOR DE PROCESSOS HUMANOS

a
Alguns autores definem a interdependência como uma interrelação entre elementos que se condicionam reciprocamente. Ou seja, é um caminho de duas vias que vai de um ao outro, supondo pelo menos duas presenças que se complementam. É uma estrada pela qual se constroem relacionamentos humanos entre sujeitos livres. Esta relação de humanização só pode caracterizar-se enquanto tal se for fundada no respeito recíproco, pela compreensão recíproca, por saber deixar espaços para acolher as dificuldades e limites inerentes da caminhada, reconhecendo-as, respeitando-as, dialogando sobre elas, para encontrar soluções que sejam fruto da compreensão e da partilha mútuas. (Leia o texto na íntegra e deixe o seu comentário ao final).

terça-feira, 29 de setembro de 2009

PENSAMENTO E EXPERIÊNCIA COLETIVA: individualismo ou interdependência?

a
O concreto é concreto porque é resultado de múltiplas determinações. Consequentemente, o concreto é complexo; não é resultado apenas de uma única dimensão da vida humana seja ela econômica, política, subjetiva ou cultural. O complexo é um conjunto onde o simbolismo, o mito, o imaginário, o racional e a experiência se encontram em seus respectivos lugares para juntos costurarem o tecido daquilo a que chamamos real, como nos lembra Edgar Morin. (Leia o texto na íntegra e deixe seu comentário ao final).

sábado, 11 de julho de 2009

A CIDADANIA EM DEBATE

No dia 13 de julho comemoramos dezenove anos de existência do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei federal no. 8.069, fruto de uma grande mobilização social pela perspectiva de um instrumento jurídico que pudesse provocar uma mudança substancial na forma de tratamento por parte do Estado, da Sociedade Civil e das famílias em relação a esses seres humanos, sujeitos de direitos que necessitam de atenção e proteção integral, devido à sua condição peculiar. (Leia o texto na íntegra e deixe seu comentário ao final).

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O SENTIDO DA VIDA

Hoje pela manhã, após o café, percebi que a pia da cozinha estava repleta de louças por lavar. Assim, concluída a refeição matinal, decidi-me pela limpeza dos pratos, panelas e talheres. Minha esposa, antes de sair para o seu trabalho, deu-me um beijo e disse-me que “eu ficava muito bonito lavando os pratos”. Sorriu e partiu. (Leia o texto na íntegra e deixe o seu comentário ao final).
a

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A NOVA RIQUEZA DAS NAÇÕES

Comunhão. Esta é uma palavra que, num primeiro instante, ao ser pronunciada, escutada, escrita ou lida pode reportar-nos a uma compreensão de que se trata de algo tendo a ver com a dimensão religiosa da vida humana. De fato o é, na medida em que pensamos a religião como o processo de re-ligação dos seres humanos entre si e com a Natureza e com o Deus. Mas ao pensarmos na natureza religiosa que a palavra comunhão comporta, corremos o risco, devido a um condicionamento existencial, de incorrer num reducionismo e enquadrá-la apenas nas representações e ritos sagrados, isolando-a de todas as outras dimensões da vida humana: política, econômica, social, cultural. (Leia mais).

quinta-feira, 21 de maio de 2009

MENSAGEM PARA OS AMIGOS E AMIGAS DO MESTRADO

Escrevo-lhes estas breves linhas para agradecer-lhes pela participação em nossa apresentação ontem sobre o pensamento conservador de Edmund Burke, na aula de Teoria Política, do professor Josênio Parente. Pessoalmente fiquei muito recompensado pelo tempo dedicado por nossa equipe na pesquisa daquele conteúdo, renovando em mim o empenho por um desenvolvimento intelectual sempre mais competente e responsável visando a colaborar com a busca humana pela construção de uma sociedade mais solidária e fraterna. (Leia mais)

sábado, 16 de maio de 2009

DIÁLOGO COMO MÉTODO

Dialogar é mais do que conversar. É o esforço humano, através [dia] da comunicação, de penetrar na verdade [logos] do outro para estabelecer um relacionamento que acrescente mais compreensão mútua entre os interlocutores. (Leia mais)

domingo, 3 de maio de 2009

O JOGADOR DE BASQUETE

Finalmente havia chegado o grande dia. O jogador de basquete estava ansioso para disputar a final do campeonato estadual, a primeira de sua vida. Um futuro que lhe se apontava bastante promissor, já que há apenas um ano havia iniciado a atividade desportiva. (Leia mais)
a

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Fonte de Solidariedade


Em seu clássico estudo sobre a divisão social do trabalho, no qual reflete sobre as solidariedades presentes nos grupamentos humanos, Emile Durkheim faz uma crítica à economia política pelo fato de esta transformar o trabalho humano de fonte de riqueza a um simples meio de fazer aumentar os ganhos do capital. (leia mais).

sábado, 4 de abril de 2009

Questão de fé: reaprender a confiar no outro

Pensar a crise de civilização que estamos vivendo implica refletir sobre que significado tem a vida humana e a vida da Natureza no tempo contemporâneo. De fato, o encantamento diante da vida ao senti-la em toda a sua diversidade biológica, saber-se capaz de sentir sentindo, consciente de sua existência e da existência do outro, capaz de agir, livremente, foi o começo de tudo, da vida humana. A vida humana, portanto, em sua gênese, fundamentou-se no relacionamento dinâmico do homem com a Natureza e dos homens entre si. (leia mais).
a

quarta-feira, 18 de março de 2009

Anarquia dos mercados: crise de uma civilização

A crise não é só econômica e financeira. Ela é uma crise de civilização que denuncia modelos absurdos de produção e consumo, os quais destroem a natureza, comprometendo o futuro e o presente da humanidade, pondo em evidência a irracionalidade de concepções econômicas que se pretendiam definitivas e que favoreceram aventuras especulativas. Portanto a crise tem uma dimensão ética e moral. Não é apenas a economia que está ameaçada em muitos países. A ameaça maior é a da degradação social e do caos político que daí possam vir. (Leia mais)
a

quarta-feira, 4 de março de 2009

Algumas reflexões sobre a república

No seu discurso do dia 03 de março de 2009, de quase três horas de duração devido aos diversos apartes recebidos, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) apontou para a necessidade de uma ampla e profunda reforma política que contemple, entre outras coisas, uma intervenção enérgica pelo fim da impunidade juntamente com uma ampla ação educativa pela afirmação dos valores republicanos e democráticos na vida política do nosso país, lembrando haver incorporado, às suas propostas apresentadas, parte do “Programa de Governo 2002 Lula Presidente” que consta do documento "Combate à Corrupção - Compromisso com a Ética", por considerar que traz abordagens atuais, corretas mas que no seu entender nunca foram postas em prática pelo atual governo. (Leia mais).
a

sábado, 28 de fevereiro de 2009

A Casa

Nossa primeira casa é o útero materno. O útero é uma casa grávida, a gerar a vida dentro si. Nela nos nutrimos do alimento material e espiritual de nossa mãe. Nela nos movemos com total segurança e destreza. Nela nos desenvolvemos e preparamo-nos para alçar novos vôos. (Leia mais).
a
Assista ao vídeo sobre o Seminário Nacional de Habitação Popular.

a

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Reflexões sobre a comunhão

Comunhão é um substantivo feminino que significa ato ou efeito de comungar; ação de fazer alguma coisa em comum ou efeito dessa ação; sintonia de pensar, sentir ou agir; comunicar, colocar em comum; união. Deriva do latim communio, comunidade.(Leia mais)
a

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Livres da fome!

Quando procuramos recepcionar amigos em nossas casas, a partilha do alimento apresenta-se como um importante gesto de apreço em nossa cultura, momento central do acolhimento. Em torno da mesa sentamo-nos para celebrar a alegria do encontro com o outro. Consumir o alimento não é um ato qualquer. Mais que uma necessidade básica, é um momento de comunhão sócio-cultural, porque, mesmo se sozinhos, sempre estamos em relação, alimentando-nos dos frutos da natureza e do trabalho humano. (Leia mais).
a

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Dialogando com o outro

Segundo Hans Jonas, a ética existe porque os homens agem; ela tem de existir para ordenar suas ações e regular seu poder de agir. Sua existência é tanto mais necessária quanto maiores forem os poderes do agir que ela tem de regular. Mas o homem ético não é tanto aquele que cumpre as regras morais, mas principalmente quem faz o bem ao outro em virtude do outro, que faz o bem em virtude do bem. (Leia mais)
a

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Educar para a mudança

Direito à educação significa garantir acesso igual de todos os membros da comunidade nacional a uma educação de qualidade, que lhes forme para uma cidadania ativa e solidária. O Estado tem a obrigação de financiar a escola pública, que deve ser democrática e participativa no que se refere à sua gestão, devendo existir como escolas-comunidades, capazes de solucionar os conflitos inerentes à vida social através de uma prática dialógica contínua de mútua compreensão. (Leia mais)
a

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Construindo uma nova história

Alexandre Aragão


O ano novo nos convida a uma vida renovada no empenho em construir cidades mais solidárias. A construção do bem comum requer a inclusão de todos nós cidadãos e cidadãs. E este parece ser um dos nossos grandes desafios, uma vez que nossa tradição política, desde o início, tem um forte timbre privatista.

Em 1627, frei Vicente do Salvador escreveu a primeira História do Brasil, onde registra a natureza de exploração privada das terras brasileiras pelos portugueses: “nenhum homem nesta terra é repúblico, nem zela ou trata do bem comum, senão cada um do seu particular”. A ausência de um senso comum impedia que a terra fosse tratada como uma coisa que beneficiasse a todos os que nela habitavam.

Frei Vicente estava vinculado ao pensamento humanista cívico, oriundo de Florença, no qual se impunha o primado do direito e da justiça nos governos das cidades italianas e preconizava a submissão dos interesses privados ao interesse coletivo. Ou seja, a vida política por definição devia estar a serviço da comunidade.

Mas o cunho privado de exploração das terras brasileiras é a marca de nossa descoberta. Em 1502, o Brasil foi arrendado a uma associação de mercadores portugueses. Dois anos depois, a monarquia portuguesa fazia sua primeira doação de terras - “pelo prazo de duas vidas” - da capitania da Ilha de São João ao senhor Fernão de Noronha. Portanto, predominavam aqui atividades de interesse privado, com um forte senso de fragmentação espacial na qual os vários senhores particulares se empenhavam na exploração daquelas longas faixas de terra, cada uma com jurisdição própria. Por exemplo, em 1535, João de Barros em sociedade com Aires da Cunha eram donos de duas capitanias: a do Maranhão e a do Rio Grande do Norte. E como atesta frei Vicente, “uma vez ricos, só pensavam em levar tudo para Portugal, pondo os interesses privados na frente dos públicos”.

A execução da política de capitanias hereditárias expressava uma forma clássica de exploração colonial. Os donatários das capitanias desfrutavam de poderes quase ilimitados, dentre os quais o de aprisionar, escravizar e vender índios (Fanon, 1968).
a
Como nos lembra Gilberto Freyre, em sua consagrada obra Casa Grande & Senzala, "tudo deixou-se à iniciativa particular. Os gastos de instalação. Os encargos de defesa militar da colônia. Mas também os privilégios de mando e jurisdição sobre as terras enormes e, acrescentando-se ao domínio sobre terras tão vastas, direitos de senhores feudais sobre gente que fosse aí mourejar".
a
Com a introdução da escravidão negra, passa-se a ter na história brasileira indivíduos que compunham o mais degradante nível da esfera privada patriarcal: a senzala. A vida dos negros e negras africanos se dá em função do engrandecimento da vida privada dos senhores de terra. O homem e a mulher negros, ao serem trazidos da África para o Brasil, na condição de escravos, eram expropriados de seus bens, com a senzala constituindo-se como um espaço de ignomínia e privação da liberdade e da singularidade humana (Barros, 2001).
a
Essa breve viagem por nossa história ajuda-nos a compreender melhor o desafio que temos na construção de uma mentalidade comunitária e participativa, uma vez que trazemos em nós as marcas dos nossos ancestrais. De fato, não é por acaso que somos campeões mundiais em concentração de renda, concentração de terra ou de mortalidade juvenil vítima da violência urbana.

Para superar essa visão privatista, faz-se necessário exercitar nosso olhar para com o outro, vendo nele um alguém com quem podemos compartilhar a vida, as riquezas da natureza e da civilização, sabendo que essa partilha gera uma felicidade maior. Afinal, como humanidade, temos a mesma procedência, o mesmo gérmen, por isso somos todos germánus, ou seja, irmãos.

Nossas cidades são o espaço real no qual podemos construir uma verdadeira comunhão social, superando os conflitos pertinentes à vida em sociedade através de uma fraternidade universal na qual cada um se sinta acolhido e respeitado em seus direitos de ser humano, contribuindo efetivamente para a construção daquilo que juntos definirmos para o nosso bem.

No dizer de Weber, "neste mundo não se consegue nunca o possível se não se tenta o impossível reiteradamente". É este o empenho que a história espera de todos aqueles que sonham com um novo mundo.
A gente quer dar as boas-vindas para você visitante do nosso blog. Para começar o/a convidamos a assistir AO VÍDEO DE FORMATURA para conhecer a experiência histórica da primeira edição da Escola Civitas de Fortaleza. Você pode também assistir aos clipes inéditos das músicas DOIS OLHOS LUZ , ECLIPSE TOTAL , O ZERO e NINGUÉM. Além dos vídeos, nosso blog conta com o ESPAÇO POESIA. Esperamos sua contribuição. Disponibilizamos abaixo textos sobre a busca da fraternidade na política. Boa navegação!